segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Tempo dos milagres, KAREN THOMPSON WALKER, Civilização editora

" Nunca é aquilo que receamos que acaba por acontecer. as verdadeiras catástrofes são sempre diferentes - inimagináveis, inesperadas, desconhecidas... "

" E se o nosso dia de 24 horas se tornasse mais longo, primeiro em minutos, depois em horas, até o dia se tornar noite e a noite se tornar dia? Que efeito teria este abrandamento no mundo? Nas aves do céu, nas baleias do mar, nos astronautas do espaço e numa rapariga de onze anos, a braços com as mudanças emocionais da sua própria vida?
Uma manhã, Julia e os pais acordam na sua casa nos subúrbios da Califórnia e descobrem, juntamente com o resto do mundo, que o movimento de rotação da Terra está a abrandar visivelmente. A enormidade deste facto está quase para além da compreensão. E, no entanto, ainda que o mundo esteja, na realidade, a aproximar-se do fim, como afirmam alguns, a vida do dia a dia tem de continuar. Julia, que enfrenta a solidão e o desespero de uma adolescência difícil, testemunha o impacto deste fenómeno no mundo, na comunidade, em si própria e na sua família. "

" Tínhamos foguetões e satélites e nanotecnologia. Tínhamos braços e mãos robóticas, robôs que percorriam a superfície de Marte. Os aviões sem pilotos, controlados remotamente, conseguiam ouvir vozes humanas a quilómetros de distância. Conseguíamos fazer pele, clonar ovelhas. Era possível fazer um coração de alguém morto bombear sangue no corpo de um estranho. estávamos a fazer conquistas nos reinos do amor e da tristeza - havia drogas para estimular o desejo, para acabar com a dor. Fazíamos todo o tipo de milagres: conseguíamos fazer os cegos ver e os surdos ouvir, e todos os médicos conseguiram colocar bebés em ventres de mulheres inférteis. Na altura do abrandamento, os imvestigadores de células estaminais estavam quase a conseguir a cura para a paralisia - e em breve, os que não conseguiam andar iam conseguir fazê-lo.
E ainda assim, o desconhecido sobrepunha-se ao conhecido. Nunca conseguimos determonar o que causou o abrandamento. A causa do nosso sofrimento ficou, para sempre, um mistério. "

Muitas letras & folhas
DriKa

(2012)








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